
O consumo de água mineral adulterada provocou queimaduras graves em um homem de 50 anos em Garça (SP), acendendo o alerta sobre fraudes no setor. A vítima ingeriu o produto da marca Mineratta, do lote 253.1, e sofreu lesões no trato digestivo. Até uma enfermeira que manuseou a garrafa teve queimaduras nas mãos.
A Polícia Civil investiga se houve contaminação química intencional. Amostras foram recolhidas e enviadas para perícia. A Vigilância Sanitária orientou a população a evitar o consumo do lote afetado, fabricado em setembro de 2025.
Segundo especialistas, substâncias como soda cáustica ou ácido peracético — usados na limpeza de equipamentos — podem causar os sintomas relatados. A aparência cristalina da água não garante sua pureza, e alterações no sabor, odor ou turbidez devem ser imediatamente comunicadas às autoridades.
A Associação Brasileira da Indústria das Águas Minerais (Abinam) estima que fraudes movimentam cerca de R$ 46 milhões por ano no Brasil. A legislação exige testes periódicos e rotulagem clara, mas a fiscalização nem sempre alcança todas as regiões.
Comercializar água adulterada é crime contra a saúde pública, com pena de até 15 anos de prisão. Especialistas recomendam atenção ao rótulo e preferência por marcas confiáveis, especialmente ao comprar fora de estabelecimentos seguros.






