Em uma assembleia marcada por forte tensão e ampla participação, realizada na noite da última quinta-feira, os funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), vinculados ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Litoral do Paraná (CISLIPA), declararam estado de greve. A decisão foi aprovada por maioria expressiva dos trabalhadores, que demonstraram profundo descontentamento com as atuais condições de trabalho e a ausência de respostas efetivas por parte da gestão.

Segundo o sindicato da categoria, caso nenhuma providência concreta seja adotada até a próxima segunda-feira, a greve será oficialmente deflagrada. A medida coloca em alerta todo o sistema de atendimento de urgência e emergência da região litorânea do estado, gerando apreensão entre moradores e autoridades locais.
A paralisação dos serviços do SAMU pode comprometer seriamente o atendimento à população em situações críticas de saúde, como acidentes, infartos e outras emergências médicas, cuja resposta rápida é essencial para salvar vidas.
Na sexta-feira, a empresa gestora será formalmente notificada sobre a deliberação dos trabalhadores, dando início à contagem de 72 horas para que uma solução seja apresentada. O sindicato reforça que ainda há tempo para negociação e que a categoria permanece aberta ao diálogo.
A população, por sua vez, acompanha com preocupação os desdobramentos da crise. Representantes de associações comunitárias e lideranças locais já manifestaram apoio aos profissionais do SAMU e cobram um posicionamento imediato das autoridades competentes para evitar o colapso no serviço de urgência.
A expectativa é que, nas próximas horas, haja movimentações para evitar o agravamento da situação. Enquanto isso, o litoral do Paraná permanece em estado de alerta, à espera de uma solução que garanta a continuidade do atendimento e a valorização dos profissionais que diariamente atuam na linha de frente da saúde pública.